terça-feira, abril 18, 2006

Hotel Ruanda

No último sábado, eu vi "Hotel Ruanda", filme que conta a história de Paul Rusesabagina, um gerente de hotel que abrigou 1.268 refugiados em meio à barbárie ocorrida entre tutsis e hutus em Ruanda, na década de 90, quando aproximadamente um milhão de pessoas morreram.

Me senti mal porque minha única preocupação, além do plantão "pascoalino", era ter muito chocolate em casa e conviver com a preocupação constante pós-casório de engordar.

Fiquei pensando que trabalhar em casa tem seus prós e contras. Entre os prós está poder organizar o tempo a nosso favor, conciliar horários, não ter de enfrentar o trânsito e comer em casa (o que não necessariamente significa ter uma alimentação saudável).

Entre os contras está ficar um pouco distante do mundo real. Às vezes, percebo que todas as pessoas com quem conversei durante o dia foi por e-mail, MSN ou telefone. No fim do ano passado, até brinquei com minha ex-sócia e eterna amiga Christianne Valente (que também trabalha sozinha) que faríamos um amigo secreto. Só nós duas.

Comecei esta semana com o objetivo de procurar escrever sobre assuntos que façam, ao menos em algo, diferença. Quem sabe apenas fazer surgir uma discussão interna, dentro de cada um que ler este texto, sobre o que realmente fazemos pelos outros?

Depois de ver "Hotel Ruanda" e a história de Paul Rusesabagina, decidi que quero ser melhor, mesmo que isso sirva apenas para alimentar meu sentimento egoísta de me sentir bem.