sábado, junho 16, 2007

Escolinha cria prancha para deficientes visuais

MARIANA CAMPOS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Ao ouvir a onda quebrar na rebentação, o surfista Valdemir Corrêa, 37, conhecido como Val, se prepara. Pelo som, percebe a aproximação da onda e rema. Salta sobre a prancha, mantém o equilíbrio e desliza sobre a água. Cego desde os 24 anos, Val surfa há dez em Santos (85 km de SP) e motivou a criação de uma prancha específica para deficientes visuais.

Desenvolvida pelo coordenador da Escola Radical de Surfe de Santos, Francisco Araña, a prancha tem marcações em alto relevo indicando o centro e o limite das bordas, além de um marcador de posição corporal para facilitar o equilíbrio. A prancha tem 2,76 metros de comprimento -é um longboard de uma quilha (pequeno leme).

Feita com o mesmo material emborrachado usado em bodyboards, tem as extremidades macias e a quilha emborrachada, para evitar contusões, além de dois guizos nas pontas, para orientação sonora. "É a primeira prancha adaptada no mundo", afirmou Araña.

Para Val, ela vai ajudá-lo a "potencializar" suas habilidades. Quando começou as aulas de surfe, ele entrava no mar com um professor. Hoje, vai sozinho e se orienta pela audição, pela direção das ondas e pelo sol.

"As pessoas sempre me medem pelo quanto eu enxergo. O surfe começou a me dar respeito e dignidade", disse Val, que cursa o ensino médio, faz natação e pretende se formar em educação física.

O professor de educação física para deficientes físicos da Unesp de Presidente Prudente (SP), Paulo Roberto Brancatti, disse que esportes adaptados dão independência ao deficiente visual.A escola usará a prancha com todos os interessados.

Foto: Bruno Miranda/Folha Imagem

domingo, junho 10, 2007

Atualizações

Refém. É o que sou hoje do meu blog. Preciso atualizar, mas nenhum tema me inspira. O Santos foi desclassificado da Libertadores, apesar da vitória inesquecível, e as pessoas já começam a perguntar "qual" Alemão, tanto o tempo que já se passou da final do BBB7.

A última vez que comentei que iria atualizar meu blog foi conversando com o Marcelo sobre como fugir dos flanelinhas. É que ele está desenvolvendo táticas para não ter de dar uns trocados para aqueles malas que pedem pra ficar olhando o carro.

Sério! Um das táticas é correr, entrar no carro e sair a toda velocidade. Outra é chegar devagar, sem deixar que o flanelinha nos veja. Entrar no carro silenciosamente e sair com os faróis apagados no vácuo de algum outro carro que passe pela rua... Tentem! Vale as risadas.

beijos